Crepúsculo:Eclipse
Lidas ambas, acho que ficou claro que gostei dos dois filmes (com ressalvas, e o segundo bem menos que o primeiro) e que considero o primeiro filme como um “filme de Kristen Stewart”, enquanto o segundo acabou sendo um “filme de Robert Pattinson”. O que esperar então do terceiro episódio ? Sintomatica e curiosamente, acabou sendo um “filme de Taylor Lautner”.
De fato, o lobisomem que corteja Bella é o grande destaque de Eclipse, num filme bem superior a “Lua Nova”. Começa arrastado, como os anteriores, mas ganha fôlego conforme a disputa Edward x Jacob se amplifica ao mesmo tempo em que uma trégua e uma quase inacreditável sociedade em torno de um objetivo comum acontece. Tudo em torno de Bella, claro, que cada vez mais mostra indecisão sobre seus sentimentos.
O filme tem aspectos interessantes, certamente mais aprofundados no livro de Stephenie Meyer (que ainda não li), em especial a questão do “posso me apaixonar ao mesmo tempo por duas pessoas ?”, embolada na eterna dúvida “pode o amor ser mensurado, medido, entendido, definido, descrito com precisão em sua intensidade ?”, etc.
A melhor cena do filme (aliás, a melhor cena da saga inteira) é a que vou definir, para não contá-la, como a “cena da barraca”. Ali, o duelo Edward x Jacob recebe contornos bem humorados e menos superficiais (na verdade, a cena gera até piadas meio off-topic…). Por sinal, é um filme que prende mais o espectador comum do que os anteriores ao perder um pouco da seriedade sonolenta dos anteriores: um inesperado bom humor surge até nos diálogos-cabeça entre Bella e Edward, e culminam num “ele não tem uma camiseta ?” com que Edward cutuca o adversário.
No elenco, Dakota Fanning é completamente desperdiçada em suas ínfimas aparições e seu companheiro de clã vampiresco, Michael Sheen, nem aparece neste terceira filme. Além do supracitado Lautner, destaque para Peter Facinelli como Dr. Carlisle Cullen e para a aparição da mãe de Bella: contracenar com Sarah Clarke, que interpreta Renée, causa, finalmente, alguma comoção verdadeira a Kristen Stewart, sempre com pouco sal. Seja como for, ela também protagoniza uma ótima cena final, que remente ao início do filme, com Robert Pattinson, em momento de bela fotografia. Destaque também para a boa e discreta trilha sonora, além das cenas de flashback, que finalmente explicam um pouco mais sobre os vampiros e os lobos.
A grande dúvida, em especial para quem não leu “Amanhecer” traduz-se em “o que terá restado para segurar a trama no quarto (e agora no quinto) filme(s) ?”. É esperar para ver.
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